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ESG. Quem não está pensando no Futuro agora, está preso 100 anos no passado!

Três letrinhas formam uma sigla que está mudando o mundo as empresas e causando uma verdadeira revolução no mundo empresarial como um todo. Mas o que é esse tal de ESG? Bem, vamos começar pelo princípio.

Um pouco de história

Lá atrás, em 2004, foi publicado um documento chamado Pacto Global, construído em conjunto com o Banco Mundial, chamado “Who Cares Wins”, algo como “Quem se Importa, Vence”. Esse documento, ligado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, foi criado após uma provocação do então Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, a CEOs de cerca de 50 organizações financeiras sobre como seria possível integrar fatores ambientais, sociais e de governança corporativa no mercado de capitais.

O “E” significa Environmental, ou meio ambiente, o “S” quer dizer Social e o “G” refere-se a Governance, ou, traduzindo, Governança. Apesar de só passarem a fazer parte dos dicionários corporativos a partir de 2004, essas letrinhas referem-se a temas que já figuravam em discussões há bastante tempo. Contudo, foi realmente de 2004 para cá que a coisa tomou proporções titânicas e globais.

Tudo está fundamentado em princípios

Se nesses 19 anos, desde a provocação de Kofi Annan a importância do ESG vem crescendo,

a pandemia de Covid-19 comprovou definitivamente que não se pode negligenciar fatores que

à primeira vista possam parecer que não são imprescindíveis para o negócio – ou que aparentemente não são financeiramente interessantes – pois a longo prazo eles tem importância capital. Mas, pode-se perguntar, que fatores são esses e porque eles são importantes?

Bem, podemos dizer que é uma questão de princípios. Porque inicialmente é isso mesmo.

No entanto, as águas se tornam mais profundas conforme avançamos nesse oceano.

O “E”

Vivemos em um mundo composto de recursos naturais finitos ou que se recompõe em velocidade insuficiente para sustentar a voracidade do nosso consumo. A água, os combustíveis fósseis, a terra, as árvores, animais e até o ar que respiramos estão sofrendo (muito e há muito tempo) com nossa ação desenfreada e é necessário que tomemos ações realmente afirmativas para diminuir o nosso consumo, sob pena de colapso não apenas de um ou outro setor, mas de toda a nossa sociedade.

Isso, caro(a) leitor(a) é ao que se refere a letra “E” desde tripé. As empresas precisam reduzir seu consumo de recursos naturais, reduzir a emissão de gases como dióxido de carbono, criar tecnologias verdes que, inclusive, ajudem a reconstruir, reflorestar, em suma, precisamos ajudar a mãe natureza a ter a capacidade de se reconstruir.

S de Social

Esse parece simples de compreender, certo? No entanto, mesmo em 2023, quem acompanha os noticiários atentamente sabe que – espantosamente – estamos sofrendo uma verdadeira epidemia de denúncias e resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão. Essas notícias chocaram muita gente, todavia essa não é uma situação nova. Outro ponto importante a se levar em consideração é a “qualidade de vida-corporativa” dos trabalhadores das empresas que não andam nada bem. A despeito de muita coisa que é propagandeada por aí, pesquisas têm reportado que nunca se adoeceu tanto no – e por causa do – trabalho do que nos últimos tempos.

Se nos anos que se seguiram à Revolução Industrial tudo era permitido, hoje em dia as coisas são bem diferentes. Desde que se passou a aplicar o ESG, as empresas passaram a tratar ou a ter que tratar muito melhor os seus colaboradores, sendo obrigadas a se preocupar com a promoção de ambientes diversos, livres de assédio, de preconceito, com a saúde física e também mental de seus funcionários.

Além disso, essa letrinha também significa que as empresas precisam assumir o seu papel social e a trabalhar para promover melhorias, e apoiar as comunidades nas quais estão inseridas, patrocinando ou apoiando projetos e (ou) ações que suportem essas comunidades, auxiliando-as e a serem autossustentáveis e ativas economicamente, impulsionando o desenvolvimento humano local.

Mas, esse tal de “G”?

Governança ou Governança Corporativa se reporta às diretrizes, normas, processos e regras que direcionam a empresa como um todo. O G é como uma bússola moral que guia a empresa em suas relações internas e externas, dos colaboradores aos sócios, dos fornecedores aos consumidores e dos parceiros comerciais ao governo. Esse “ponto G” é alcançado quando a empresa consegue tratar, em todos os seus âmbitos, sem se afastar do Norte Verdadeiro em suas relações, mantendo a transparência nos seus processos, uma relação saudável com seus públicos e com os órgãos governamentais, cumprindo todas as leis, afastando-se de trabalho escravo, infantil e demais atitudes contrárias aos melhores princípios da Governança Corporativa.

E o que esperar para o Futuro?

Independente do setor em que atuam, as corporações precisarão seguir se preocupando com o meio ambiente, com as pessoas e com a transparência de seus processos se quiserem continuar de portas abertas.

De acordo com a ONG Green Building Council, “Segundo o levantamento da PwC, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão naqueles que consideram os critérios ESG até 2025. Isso representa US$ 8,9 trilhões, aumento de 15,1% em relação ao fim de 2019. Além disso, 77% dos investidores institucionais pesquisados afirmaram que planejam deixar de comprar produtos que não sejam ESG nos próximos dois anos”.

Aqui dentro das fronteiras brasileiras, as corporações seguem a maré mundial e também estão avançando. A Bovespa afirmou que há um aumento nos investidores que tem ativos em ESG e que investem apenas em empresas que tem bons indicadores na área. E, de acordo com dados da Morningstar e da Capital Reset, fundos ESG captaram R$ 2,5 bilhões em 2020 – mais da metade da captação veio de fundos criados nos últimos 12 meses.

Isso significa que, de um jeito ou de outro, ESG está aqui para ficar e já deixou bem claro os caminhos que empresas, sejam elas grandes, médias ou pequenas, precisam trilhar para manterem-se vivas e competitivas nesse novo mundo que estamos a construir: um mundo mais verde, mais justo e mais transparente para todos sem, com isso, abandonarmos o crescimento econômico. Ao menos é o que todos esperamos.

Nova Café, Endomarketing e ESG: tudo a ver

Tão importante quanto implementar práticas ESG ao negócio de forma transversal é saber como e qual o momento certo de comunicar cada ação. A Comunicação é fundamental para a identificação dos pontos sensíveis dentro do ESG, zelar pela reputação e também fazer a mensagem chegar a todos os stakeholders, sem desvios ou mal entendidos. E essa implementação só acontece de maneira efetiva quando, do Conselho diretivo às lideranças, então remando na mesma direção. Do contrário, o resto da equipe não entrará na dança.

É preciso engajar o universo interno da empresa, informar, educar todos sobre os pilares ESG e se certificar de que todos estejam alinhados a esses princípios, construir estratégias de relacionamento eficientes tanto para o público interno quanto externo e estar disposto (e preparado) para ajustes on the flight, já que dada a natureza fluída em variável do processo, essas estratégias serão testadas constantemente.

Partindo de um pressuposto de que uma corporação é um organismo vivo e pulsante, feito de pessoas, por pessoas e para pessoas e o ESG é como um radar que as guia pelos mares tempestuosos das relações, pode-se dizer que o endomarketing funciona como uma equipe que auxilia o capitão a manter o navio seguro, no curso, longe de icebergs. E isso vale tanto para empresas que dão os primeiros passos no assunto ou para as que já atuam dentro das premissas da sigla.

Outro ponto importante são os Relatórios de Sustentabilidade. Afinal, é através deles que tanto a sociedade quanto os investidores podem saber o que a empresa está realmente praticando. Eles possibilitam a esses investidores uma visão geral sobre a empresa em cada um dos âmbitos; ESG, isto é, ambiental, social e de governança.

Um relatório de sustentabilidade pode ser uma importante ferramenta para as organizações demonstrarem sua consciência em relação aos seus impactos e exporem seu comportamento para todas as partes interessadas, como stakeholders: clientes, fornecedores, colaboradores, comunidade etc.

E em todo esse caminho, tão desafiador e fascinante do ESG, você pode contar com a parceria da gente. Dos primeiros passos ao Relatório de Sustentabilidade, a Nova Café está pronta para ajudar você.